A proposta de um blog de ensino para Educação Física Escolar deve ser compreendida como uma forma de organizar, sistematizar e diversificar a prática pedagógica da área, situando-a como produção cultural.
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terça-feira, 29 de maio de 2012
CORPOLATRIA
Corpolatria ou o mito do culto do
corpo
Na
idade contemporânea a gordura é um excesso indesejado. Castro (2001. p. 97)
reforça esta ideia quando diz que “há um século nos países ocidentais desenvolvidos,
os gordos eram amados; hoje, nos mesmos países, amam-se os magros”. Junto com
estas mudanças, surge o exagero e suas consequências: os transtornos. Exagero
este que aos poucos se confundiu com dedicação e tornou-se aceitável na tarefa
de moldar o corpo (ficando mais difícil saber onde termina a vaidade e começa a
compulsão).
Nesta liberdade vigiada as
medidas estão cada vez mais exageradas (para mais ou para menos), o ideal do
corpo imbatível é divulgado pela mídia e a busca por práticas teoricamente
saudáveis aumenta. É importante ressaltar que não vemos os reflexos da
corpolatria como fruto da ingenuidade ou completa desinformação, apesar de que
isso pode sim ocorrer em alguns casos. Seria contraditório afirmar que os
consumidores assimilam padrões de forma passiva, uma vez que o ser humano
percebe o mundo a seu modo. Com esta perda de identidade vêm às dietas, consumo
de bens e produtos vendidos sem alerta de riscos ou controle, exercícios
desassistidos, a própria corpolatria e etc.
Corpolatria
é uma espécie de “patologia da modernidade” caracterizada pela preocupação e
cuidado extremos com o próprio corpo não exatamente no sentido da saúde (ou
presumida falta dela, como no caso da hipocondria), mas particularmente no
sentido narcisístico de sua aparência ou embelezamento físico.
Para
o corpólatra, a própria imagem refletida no espelho se torna ideia fixa,
incapaz de satisfazer-se com ela, sempre achando que pode e deve aperfeiçoá-la.
Sendo assim, a corpolatria se manifesta como exagero no recurso às cirurgias
plásticas, gastos excessivos com roupas e tratamentos estéticos, abuso do
fisiculturismo (musculação, uso de anabolizantes, etc.).
A corpolatria faz suas vítimas Corpolatria e mídia
Não raro os padrões de beleza – ou a falta destes – inquietam milhões de pessoas. Muitos homens e mulheres têm a pretensão de se enquadrarem ao que é esteticamente aceito e, focados nisto, acabam por escravizar seus hábitos mais simples em busca da perfeição. Comer menos, beber menos, dormir menos, viver menos; tudo em prol da pseudo-beleza.
Mas não paramos por aí. Modificar determinados hábitos parece não saciar a histeria estética. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam crescente aumento nos casos de bulimia e anorexia – sendo que 20% dos incidentes terminam em morte. Provocar o próprio vômito para evitar a nutrição, no caso do bulímico, ou manter-se numa fome contínua, no caso do anoréxico, não são mais problemas quando o objetivo é estar dentro do estereótipo do sublime.
Libânio
(2000) comenta:
“Modelado
pela erotização do mercado, o corpo adquire valor proporcional à sua adequação
aos critérios de beleza estimuladores do consumo. Num país de famintos e corpos
esquálidos, a glamourização das formas induz um punhado de homens e mulheres a
se submeterem a regimes e tratamentos cruéis. Despendem tempo e fortuna com os
requintes da vaidade física, como a aranha tece sua própria teia narcísica, da
qual se torna prisioneira. Não há academias especializadas em malhação do
espírito, e ainda não se inventou a transfusão de conhecimentos e valores de
uma pessoa a outra ou do computador à mente, de modo a fazer coincidir a
estética da aparência com a beleza da essência.”
Sandra Araujo /2012
http://www.psicologiananet.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpolatria
2/Ubiracy de Souza Braga
denismatos.blogspot.com/2008/11
sexta-feira, 25 de maio de 2012
O que é Educação Física ?
É
importante, pensar em uma Educação Física
que não faça a separação entre natureza e cultura ”Essa questão não se mostra
mais como uma disputa que defende a predominância de uma em relação à outra.
Não existe homem sem natureza da mesma forma que não existe homem sem cultura”
(Daólio, p.30). Sendo assim, o corpo é mais do que um conjunto constituído de
músculos e ossos; nele estão tatuados os signos sociais que expressam a cultura
de um povo. Atuar sobre esse corpo significa atuar sobre a sociedade que dá
referências a esse corpo. ”É necessário alargar a compreensão do corpo humano,
ampliando o olhar para a sua dimensão histórica e cultural, rompendo com a
idéia muito presente na Educação Física de que o corpo se restringe ao
biológico, ao mensurável. Tal idéia expressa toda uma visão fragmentada do ser
humano, de educação e de ensino ao longo da história da Educação Física”. (Vago,
p.89).
O BLOG
Propomos o blog na perspectiva de conseguirmos tratar pedagogicamente temas e materializar propostas viáveis para o trabalho da Educação Física Escolar nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, possibilitar aos alunos uma ampliação da visão sobre a cultura corporal do movimento, viabilizar a autonomia para o desenvolvimento de uma prática pessoal e da capacidade de interferir na comunidade, ressignificar os elementos da cultura e construí-los coletivamente na pluralidade de formas da cultura corporal.
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